O novo musical da Disney reúne um
elenco de primeira e mistura as fábulas que encantam gerações há mais de 500
anos
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Disney
Como é doce o sabor da infância,
como era bom a gente ir dormir com um conto que nos transportava ao mundo
imaginário das coisas mais simples da vida: comer, beber, amar e ter amigos.
Todos esses contos, que os irmãos Grimm eram um referencial, tinham uma coisa em comum, a
floresta.
Por ela passeava Chapeuzinho
Vermelho, nela se escondia a torre onde estava Rapunzel, perto da
floresta morava João e o pé de feijão e depois da floresta estava o castelo do
amado de Cinderela.
Foi juntando essas quatro fábulas com música, baseada em uma peça que estreou na Broadway há quase 30 anos, que a Disney encarou um projeto audacioso de transformar em uma nova obra cinematográfica, indicada a três Oscar® em 2015, esse sucesso das bilheterias do teatro americano.
Com um orçamento considerado baixo, US$ 40.000.000, estréia hoje nos cinemas brasileiros Caminhos da Floresta (Walt Disney Pictures, The Walt Disney Company), uma visão moderna dos contos dos irmãos Grimm, cruzando as tramas e explorando as conseqüências dos desejos e das buscas dos personagens.
Eu não sou muito fã do gênero musical, mas este conseguiu me agradar muito. É engraçado e emocionante, traz a tona uma nova realidade do que se passavam nas florestas européias, sempre cheias de mistérios e surpresas.
Na verdade, ele segue os contos clássicos de Cinderela (com a sempre linda e talentosa Anna Kendrick), Chapeuzinho Vermelho (com a revelação Lilla Crawford), João e o Pé de Feijão (com outra revelação, Daniel Hittlestone) e Rapunzel (com a bela Mackenzie Mauzy, que começou a carreira em séries de TV), todos reunidos em uma história original envolvendo um padeiro (o engraçado e atrapalhado James Corden) e sua esposa (a talentosa e bela Emily Blunt), seu desejo de formar uma família e a interação com a bruxa (Meryl Streep, que está cantando soberbamente e dispensa apresentação) que os amaldiçoou.
Claro que têm algumas quase pontas: Johnny Depp na pele do lobo, Christine Baranski como madrasta e Chris Pine, o príncipe meio estranho.
A direção ficou por conta de Rob Marshall (Chicago, Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas) que teve muito cuidado na preservação dos personagens, escolheu e definiu o elenco com muita precisão e garantiu a cada ator os três lados necessários: atuar, cantar e o humor.
A utilização de cenários físicos na maior parte do tempo dá uma liberdade e uma condição de marcação de cenas maiores que nos virtuais. Claro que existem os bem executados efeitos especiais, mas esses são parte integrante e não principal.
O que realmente encanta e envolve é o roteiro feito por James Lapine (autor da obra para o teatro e que encarou o desafio da tela), sempre coeso e cheio de artimanhas engraçadas, tem as bem sacadas paradas na ação para a entrada da música, usa e abusa dos recursos tecnológicos que não existem no teatro e prendem o espectador na cadeira durante as pouco mais de duas horas de exibição.
O figurino feito pela craque Colleen Atwood (Chicago, Memórias de uma Gueixa, Alice no País das Maravilhas, A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça) é perfeito e concorre ao premio da academia junto com Design de Produção e claro, com a atriz coadjuvante Maryl Streep, que do alto dos seus 65 anos com pique de 25, recebeu sua 19ª indicação ao Oscar® pelo papel da bruxa.
Os efeitos visuais são de primeira, não interferem na narrativa nem tão pouco desviam a atenção para o foco da cena, na verdade complementam as ações e reações. Ao mesmo tempo, as maquiagens (principalmente da bruxa) e os adereços que completam o quadro têm um cuidado muito especial, afinal são contos antigos, de lugares onde não havia chegado o desenvolvimento.
Isso se aplica também à fotografia, Dion Beebe (Memórias de uma Gueixa) que usa tons quentes, mas como se fossem velas, aproveita o azulado do luar em cenas noturnas, tons de verde na floresta e, durante o dia o sol é seu companheiro. Mesmo em cenas de estúdio, a fotografia destaca o personagem usando recortes mais finos, isso acaba dando ao filme uma cara uniforme.
Caminhos da Floresta é um filme para todas as idades, tem todos os tipos e emoções que o ser humano carrega com ele, tem vida e morte, bem e mal, amigos para sempre e inimigos da hora, é para se ver, rever e sonhar, afinal, essa é a essência dos contos.
A gente se encontra na semana que vêm!
Foi juntando essas quatro fábulas com música, baseada em uma peça que estreou na Broadway há quase 30 anos, que a Disney encarou um projeto audacioso de transformar em uma nova obra cinematográfica, indicada a três Oscar® em 2015, esse sucesso das bilheterias do teatro americano.
Com um orçamento considerado baixo, US$ 40.000.000, estréia hoje nos cinemas brasileiros Caminhos da Floresta (Walt Disney Pictures, The Walt Disney Company), uma visão moderna dos contos dos irmãos Grimm, cruzando as tramas e explorando as conseqüências dos desejos e das buscas dos personagens.
Eu não sou muito fã do gênero musical, mas este conseguiu me agradar muito. É engraçado e emocionante, traz a tona uma nova realidade do que se passavam nas florestas européias, sempre cheias de mistérios e surpresas.
Na verdade, ele segue os contos clássicos de Cinderela (com a sempre linda e talentosa Anna Kendrick), Chapeuzinho Vermelho (com a revelação Lilla Crawford), João e o Pé de Feijão (com outra revelação, Daniel Hittlestone) e Rapunzel (com a bela Mackenzie Mauzy, que começou a carreira em séries de TV), todos reunidos em uma história original envolvendo um padeiro (o engraçado e atrapalhado James Corden) e sua esposa (a talentosa e bela Emily Blunt), seu desejo de formar uma família e a interação com a bruxa (Meryl Streep, que está cantando soberbamente e dispensa apresentação) que os amaldiçoou.
Claro que têm algumas quase pontas: Johnny Depp na pele do lobo, Christine Baranski como madrasta e Chris Pine, o príncipe meio estranho.
A direção ficou por conta de Rob Marshall (Chicago, Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas) que teve muito cuidado na preservação dos personagens, escolheu e definiu o elenco com muita precisão e garantiu a cada ator os três lados necessários: atuar, cantar e o humor.
A utilização de cenários físicos na maior parte do tempo dá uma liberdade e uma condição de marcação de cenas maiores que nos virtuais. Claro que existem os bem executados efeitos especiais, mas esses são parte integrante e não principal.
O que realmente encanta e envolve é o roteiro feito por James Lapine (autor da obra para o teatro e que encarou o desafio da tela), sempre coeso e cheio de artimanhas engraçadas, tem as bem sacadas paradas na ação para a entrada da música, usa e abusa dos recursos tecnológicos que não existem no teatro e prendem o espectador na cadeira durante as pouco mais de duas horas de exibição.
O figurino feito pela craque Colleen Atwood (Chicago, Memórias de uma Gueixa, Alice no País das Maravilhas, A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça) é perfeito e concorre ao premio da academia junto com Design de Produção e claro, com a atriz coadjuvante Maryl Streep, que do alto dos seus 65 anos com pique de 25, recebeu sua 19ª indicação ao Oscar® pelo papel da bruxa.
Os efeitos visuais são de primeira, não interferem na narrativa nem tão pouco desviam a atenção para o foco da cena, na verdade complementam as ações e reações. Ao mesmo tempo, as maquiagens (principalmente da bruxa) e os adereços que completam o quadro têm um cuidado muito especial, afinal são contos antigos, de lugares onde não havia chegado o desenvolvimento.
Isso se aplica também à fotografia, Dion Beebe (Memórias de uma Gueixa) que usa tons quentes, mas como se fossem velas, aproveita o azulado do luar em cenas noturnas, tons de verde na floresta e, durante o dia o sol é seu companheiro. Mesmo em cenas de estúdio, a fotografia destaca o personagem usando recortes mais finos, isso acaba dando ao filme uma cara uniforme.
Caminhos da Floresta é um filme para todas as idades, tem todos os tipos e emoções que o ser humano carrega com ele, tem vida e morte, bem e mal, amigos para sempre e inimigos da hora, é para se ver, rever e sonhar, afinal, essa é a essência dos contos.
A gente se encontra na semana que vêm!
Beijos & queijos
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