Dados como acabados por supostos conhecedores mal informados, Vettel, Rossi e Montoya calaram a boca dos idiotas de plantão

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: F1.com, MotoGP.com, Indycar.com

Adoro quando isso acontece! Na semana passada, muitos idiotas que se acham jornalistas, só porque tem o Word instalado em seus computadores, emitiam opiniões desencontradas e palpites sem fundamento sobre as três categorias que, finalmente se encontraram em um fim de semana inesquecível.


O sorriso estampado em cada rosto mostra mais que a superação na vitória, faz calar os idiotas que insistem em enterrar suas carreiras ou duvidar de seus feitos. Melhor assim, com essas e outras, esses pilotos espetaculares fecham as bocas malditas e fazem valer seus currículos, que são e sempre serão indiscutíveis.


Veja o que aconteceu na Fórmula 1. O sempre amado e idolatrado Alonso mais uma vez mostrou que não entende nada de administração de carreira. Desde que abandonou o Briatore nunca mais conseguiu estar bem em lugar nenhum. Agora ele realmente chegou ao fundo do poço, sabe-se lá se a batida nos treinos de Barcelona influenciou alguma coisa na sua tocada, pois o carro da McLaren é tão ruim que não dá para se ter uma idéia da sua atual capacidade de pilotar.


Melhor para o competentíssimo e tetra campeão (e tem gente que acha que foi por acaso...) Vettel, depois de pilotar uma carroça ano passado agora tem um carro de corrida nas mãos, aquele que o Alonso disse que era ruim e que não queria esperar para ver se iria melhorar, por isso foi demitido da Ferrari, apesar dos seus defensores jurarem que ele pediu pra sair. O alemão venceu, convenceu e lembrou o ídolo, nos gestos, nas comemorações e principalmente no cumprimento da tática traçada.


Realmente colocou uma pulga atrás da orelha dos até então confiantes alemães da Mercedes, que vão ficar duas semanas sem dormir até tirarem a dúvida na China. E não foi só isso, calou e colocou em seu lugar as outras equipes, que tem gente pouco competente tanto na tática quanto na pista.


Fica clara a inferioridade dos outros times. Você tem um piloto como o Felipe Nasr e, por força de um contrato, não o deixar treinar depois de tudo que ele fez na Austrália? Foi uma enorme burrice da Sauber que poderia pelo menos nesse momento, pensar mais no futuro e talvez sua participação na corrida fosse menos desastrosa. As equipes com motor Renault ainda vivem o calvário de se ter um propulsor mais fraco, acreditam que só terão chance de vitória se alguma coisa acontecer com a poderosa Mercedes e agora também a Ferrari. Para não dizer que não falei da Williams, este ano não precisaram dizer ao Massa “Valtteri is faster than you”, o finlandês chegou, passou e abriu, isso na última volta. O brasileiro segue sua performance de sempre, chega uma ou duas posições atrás da que largou.


Ainda na Fórmula, a Indy agora arrumou um novo complicador para seus pilotos. Antigamente os carros eram como se fossem tanques de guerra, fortes, suportavam batidas e chegavam inteiros ao fim da corrida. Mas, e sempre existe o mas, os engenheiros resolveram colocar um monte de penduricalhos aerodinâmicos e fizeram com que os tanques virassem bibelôs de cristal. Já não se pode tocar tanto no adversário, as partes se soltam e sujam a pista, e como resultado, 5 bandeiras amarelas foram mostradas na corrida de abertura.


Como sempre é aquela coisa, trata-se de uma corrida cerebral, com tática e técnica e vence quem equaliza melhor essas três vertentes. Montoya largou bem e se manteve nas primeiras posições, ameaçou muito o então líder Will Power e conseguiu tomar a ponta depois de um pitstop. Marchou alegre e faceiro para a bandeirada final, ganhou com méritos e começa o ano como um dos favoritos ao título.


A Penske acredita que o campeão deste ano está em um dos quatro carros que ela tem na pista, mas não podemos esquecer o Tony Kanaan que, pilotando muito, se colocou no meio dos carros da equipe do Roger. Foi a primeira etapa, mas ele pode ser o fiel da balança e colocar fogo nesta disputa, afinal, esta é uma categoria em que tudo pode acontecer. São os mais experientes dando aulas para os mais novos.


Falando em aula, nada melhor que um doutor para ensinar aos novos talentos como se faz. A etapa do Qatar, que abriu o campeonato, foi uma das maiores corridas que ele fez na vida. Largando em décimo, dando os botes nas horas certas e cirurgicamente, tomou a ponta faltando 3 voltas para o fim da corrida.


Falar que o Valentino é gênio é chover no molhado, na verdade, ele é o maior atleta do esporte a motor que se tem notícia. Sua técnica absurda, seu desempenho forte à frente de pilotos com metade da sua idade e o prazer de acompanhar suas espetaculares performances, é como um prêmio que estamos recebendo por poder testemunhas o que faz esse fantástico piloto, que já esta se encaminhando para o fim da carreira.


Sua vitória incontestável, subjugando as incríveis Ducati, que voavam na reta, e segurando seu compatriota na última curva, já trazem alguns problemas para os seus mais diretos adversários. Lorenzo colocou a culpa na espuma do capacete, Marquez colocou a culpa no erro da primeira volta e Pedrosa nem sabe se continua correndo em 2015, por conta das dores que sente no braço operado. O eterno segundo piloto da Honda deve abrir lugar para, quem sabe, Casey Stoner.


Foi uma implosão no que até então era certeza de um campeonato fácil para os meninos, o medo do grande Rossi é claro e notório, tem gente que vai passar noites em claro até a etapa de Austin. Melhor assim, as feras feridas mostram suas garras nas três categorias e, com certeza, este será um ano muito bom para quem gosta de grandes pegas.


Eu volto na semana que vêm pra falar de WEC e Fórmula-E, até porque nestas categorias, os brasileiros têm muitas chances de se darem bem.


Beijos & queijos

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