A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva afirma que, 2016 será um ano com muito mais pesquisa em eficiência energética

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: AEA

Não foi um ano fácil para ninguém, 2015 acumula um saldo negativo nas vendas de automóveis e conseqüentemente as montadoras tiraram um pouco o pé na apresentação de novos modelos e de soluções mais eficientes.


Mesmo com a implantação quase definitiva do Inovar Auto, segundo seu presidente Edson Orikassa, algumas montadoras ainda não conseguiram chegar ao patamar exigido pela portaria, mas devem estar dentro das normas no ano que se inicia.


Foram realizadas diversas pesquisas de eficiência energética em todos os modelos comercializados no Brasil, foram mapeados os motores, carrocerias e transmissões, formando assim o conjunto ideal que alia eficiência, economia, segurança de automóveis à combustão interna, híbrido, elétrico e Diesel.



O resultado desse estudo apontou que, os veículos elétricos e híbridos tem um melhor resultado em comparação ao de combustão mas perdem no preço, são mais caros. Já os motores Diesel equilibram as duas equações, ficando assim uma grande oportunidade para o governo e as montadoras direcionarem o futuro da mobilidade no Brasil.



Os carros FLEX não fazem parte desses resultados, está em andamento um estudo que vai comprovar a eficiência do etanol em 75% em relação ao consumo de motores abastecidos somente com gasolina, é um avanço em termos de energia renovável e limpa.


Em 2015, a maior polêmica foi a obrigatoriedade do uso do extintor de incêndio ABC e perto do fim do prazo dado para a troca nos automóveis, o mesmo passou a não ser mais obrigatório e sim opcional. Perguntei se as montadoras ainda deveriam montar seus carros com o extintor ou já poderiam simplesmente retirar o acessório do automóvel.
Segundo Edson Orikassa, “as montadoras devem terminar o estoque que algumas têm, e ao final, na hora da compra, o usuário pode optar por ter ou não o extintor no carro”.


Em 2016 avança a obrigatoriedade dos automóveis saírem de fábrica com um novo componente de segurança, o sistema de controle de estabilidade (ESC). É um item que vai encarecer os novos modelos, não se trata apenas de incluir o sistema, em cada motorização, carroceria, tipo de pneus e transmissão existe um ajuste para o funcionamento correto, pois em condições diferentes das recomendadas pelo fabricante, o sistema pode não funcionar ou funcional mal.
Perguntei ao Edson se esse sistema será como o uso de airbags e ABS nos carros, faz parte do sistema de segurança e não pode ser alterado, ou será como em alguns modelos nacionais e importados que existe a opção de desligar o sistema.
Segundo o presidente, “a AEA recomenda que o sistema esteja ligado o tempo todo, sem a opção do condutor desligar, porque em alguns casos, de nada adiantaria ter um sistema sofisticado de segurança desse tipo se o motorista desligar e se esquecer de ligar novamente, a nossa orientação é que esteja sempre ligado, mas depende da palavra final do governo”.


Com 7 evento programados para 2016, a AEA cresce em divulgação e traz para mais perto do consumidor e dos jornalistas especializados no setor uma forma mais acessível de entender melhor o fantástico mundo da mobilidade urbana.