A nova produção é uma avalanche de cenas cômicas e atitudes inesperadas de um dos mais imprevisíveis personagens Marvel

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: FOX

O que dizer deste personagem pra lá de louco? Faltam palavras para definir o que realmente é essa mistura de herói, bandido, safado e enlouquecido ser que habita o universo da Marvel Comics.
Tão difícil de definir o personagem, é também complicado rotular o ator que o interpreta, parece que até que nasceram juntos e que é a mesma pessoa mesmo durante as horas normais do dia. A caracterização é uma das mais perfeitas que se viu nos últimos tempos, e o resultado na tela não poderia ser diferente: ele veio para ficar e marcar fortemente seu território.


Estréia nesta quinta-feira Deadpool (20th Century Fox, Marvel Entertainment, The Donners' Company, Kinberg Genre), podemos dizer que se trata de um filme do maior herói anti-herói de que se tem notícia. Agora, o sucesso do personagem se deve ao seu protagonista, o canadense Ryan Reynolds. Ao que tudo indica, o Canadá é um país onde os atores, além de marcarem a vida de seus personagens, nasceram para serem hilários, o Jim Carrey é da mesma escola de malucos.


Nesta aventura, o ex-militar e mercenário, Wade Wilson (onde Ryan Reynolds é simplesmente o máximo!) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida.


Junte a isso, as tórridas cenas de sexo com a exuberante Morena Baccarin (N.E. - brasileira radicada nos Estados Unidos, que eu conheci ainda criança, o seu pai trabalhou comigo na Rede Globo) que deixou de lado sua fase extraterrestre (surpreendeu na série de TV Firefly) e virou Vanessa Carlysle, uma prostituta que se apaixona por Wade e juntos eles embarcam em uma missão para se tornar pessoas melhores. Alguém acredita mesmo nisso?


O que realmente encanta no filme, além dos sempre espetaculares efeitos, é o roteiro. Rhett Reese e Paul Wernick (os mesmos de Zumbilândia) conseguem misturar gags atuais e provocativas dentro do universo do herói. É muito engraçado, muito inteligente e uma das maiores sacadas dentro do script é no momento em Deadpool é arrastado por Colossus que vai levá-lo para falar com Charles Xavier, quando o herói pergunta: Mas qual? O James McAvoy ou o Patrick Stewart?


A direção do animador de computador e estreante na telona TIM Miller é segura e na medida certa, soube dar espaço aos atores e pouco interferiu nas ações que dependiam de atuações mais pessoais. Seu envolvimento com o projeto garantiu uma ótima performance dos envolvidos no trabalho, principalmente na captação e execução dos efeitos durante o dia, um trabalho muito difícil para se realizar na pós-produção.


Claro que o filme ainda tem um elenco de apoio dos mais bem escolhidos, são características particulares com atores conhecidos de séries e mesmo de outros longa metragem, criando a atmosfera ideal para essa insólita e enlouquecida aventura de mais um personagem que sai dos quadrinhos e vira gente de carne e osso.


Deadpool não é um filme infantil, sua restrição no Brasil é para 16 anos, tamanha quantidade de palavrões e cenas até certo ponto chocantes, mas tudo com um bom humor fantástico, envolvido em um enredo rico e com uma realização primorosa. Não é para ser perdido, é uma visão menos tradicional dos outros personagens Marvel e que, certamente, vai encantar e deixar aquele gosto de “quero ver de novo” ou de “quando virá o número 2?”.


Não é sempre que um filme com o orçamento de US$ 50 milhões (baixo para os padrões atuais) deve fazer tanto barulho, com a vantagem que, vai estrear primeiro aqui e depois lá nos Estados Unidos! Só por isso já vale a pena o ingresso!


A gente se encontra na semana que vêm!

Beijos & queijos

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