O novo modelo da Toyota reúne
novidades mecânicas e de acabamento, só ficou mesmo a casca
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Toyota
Fazer parte da história, esse é o
maior presente que uma pessoa pode receber durante sua vida e na sua profissão.
Por coincidência do destino e convidado por amigos que vou levar para a vida,
eu estive presente em dois momentos: o lançamento e a atual renovação de um
carro que chegou tímido, mas agora começa a tirar o sono dos concorrentes.
E lá se vão quase 5 anos do
lançamento deste modelo que foi apresentado junto com a inauguração da planta
da montadora em Sorocaba, interior de São Paulo, que contou até com a presença
do presidente mundial da marca, era um passo enorme, a Toyota finalmente tinha um carro compacto.
Akio Toyoda, presidente da Toyota Motor Corporation |
Esq - Steve St. Angelo, CEO da Toyota para América Latina e Caribe e Chairman da Toyota do Brasil Dir - Koji Kondo, presidente da Toyota do Brasil |
Serve como lição para nós que, de
certa forma, fazemos o trabalho de criticar por ser fácil, nos ariscamos pouco
e temos prazer em avaliar com superioridade os que submetem seu trabalho e
reputação. O mundo costuma ser hostil aos novos talentos e as novas criações,
por isso o novo precisa ser incentivado, entender propostas para construir e
nunca destruir. Nossas avaliações durante esse tempo e a cabeça aberta da
empresa na procura da melhor solução resultaram no Etios 2017.
Desde o lançamento em 2012, o
carro era tratado como bom, durável e confiável, mas nunca caiu realmente no
gosto, seja por conta do seu inovador painel de instrumentos no meio (que um
dia chamei de painel do divórcio) ou
algo que alguém nem sabia exatamente dizer o que é, mas todos eram unânimes em
afirmar que mecanicamente era fantástico. Sabe o que eles fizeram? Melhoraram
600 itens do carro, inclusive o que já era bom.
Pra começar a parte mecânica é nova, é o primeiro modelo a ser equipado com motores produzidos na nova planta de Porto Feliz. Os novos propulsores trazem a tecnologia de duplo comando de válvulas variável da Toyota e tem como características:
São construídos com bloco e cabeçote de alumínio, não utiliza o tanquinho de partida a frio, tem direção eletroassistida progressiva recalibrada, ajuste da suspensão (molas e amortecedores recalibrados), duas opções de transmissão para todas as versões: manual com seis velocidades (fabricada no Brasil) e automática (importada) com quatro marchas e embreagem hidráulica. É um enorme ganho em relação aos modelos anteriores, uma demanda que o mercado praticamente exigia, principalmente o câmbio automático, que é descendente direto da versão utilizada anteriormente no Corolla com algumas modificações.
Por dentro também o carro mudou bastante e para melhor desde a versão de entrada. O interior em tons escuros e painel com acabamento Total Black, o painel de instrumentos foi incrementado com um display de4.2
polegadas , com tecnologia TFT, chamado Toyota Smart Screen.
Pra começar a parte mecânica é nova, é o primeiro modelo a ser equipado com motores produzidos na nova planta de Porto Feliz. Os novos propulsores trazem a tecnologia de duplo comando de válvulas variável da Toyota e tem como características:
- 1.3L Flexfuel, Dual VVT-i DOHC de 16 válvulas, 98 cv a 5.600 rpm, com etanol, e 88 cv, também a 5.600 giros, com gasolina, torque de 12,8 kgfm (com etanol) e de 12,3 kgfm (com gasolina) a 4.000 rpm.
- 1.5L Flexfuel, Dual VVT-i DOHC de 16 válvulas, 107 cv de potência a 5.600 rpm, com etanol e 102 cv também a 5.600 giros, com gasolina, torque a 4.000 giros de 14,4 kgfm (com etanol) e de 14,0 kgfm (com gasolina).
São construídos com bloco e cabeçote de alumínio, não utiliza o tanquinho de partida a frio, tem direção eletroassistida progressiva recalibrada, ajuste da suspensão (molas e amortecedores recalibrados), duas opções de transmissão para todas as versões: manual com seis velocidades (fabricada no Brasil) e automática (importada) com quatro marchas e embreagem hidráulica. É um enorme ganho em relação aos modelos anteriores, uma demanda que o mercado praticamente exigia, principalmente o câmbio automático, que é descendente direto da versão utilizada anteriormente no Corolla com algumas modificações.
Por dentro também o carro mudou bastante e para melhor desde a versão de entrada. O interior em tons escuros e painel com acabamento Total Black, o painel de instrumentos foi incrementado com um display de
Nele, dois grandes círculos
reúnem as informações de bordo: do lado direito mostra o conta-giros e o
termômetro do motor, o esquerdo o velocímetro e o indicador de combustível, informações
sobre condução em projeção tridimensional, a iluminação é a clear blue,
indicadores de velocidade e rotação do motor, sistema de áudio, relógio e ar-condicionado.
Também ficou ligeiramente voltado mais para a esquerda, evitando assim
comentários desnecessários dos passageiros do banco ao lado.
Agora vamos conhecer as mudanças na prática? Claro, como não? Optei por testar dois modelos específicos, o hatch X 1.3 com câmbio manual e o sedã XLS 1.5 de transmissão automática, dois extremos que me dariam a nítida impressão do que cada um pode fazer. A prova foi na rodovia que cortava o condomínio onde estava sendo realizada a apresentação do novo carro, ela apresentava trechos de subida, descida, retas generosas e curvas fechadas.
Agora vamos conhecer as mudanças na prática? Claro, como não? Optei por testar dois modelos específicos, o hatch X 1.3 com câmbio manual e o sedã XLS 1.5 de transmissão automática, dois extremos que me dariam a nítida impressão do que cada um pode fazer. A prova foi na rodovia que cortava o condomínio onde estava sendo realizada a apresentação do novo carro, ela apresentava trechos de subida, descida, retas generosas e curvas fechadas.
De cara já dá para notar uma
mudança no ronco do motor, ele está mais abafado e com jeito de nervosinho. O
1.3, considerado carro de entrada, se comporta muito bem em baixas velocidades,
o range do câmbio permite que se trafegue em baixa velocidade em terceira
marcha, sem o motor reclamar. Já na estrada, ele vai logo pedindo marchas mais
altas, sobe de giro rapidamente e atinge a velocidade limite sem fazer esforço.
O barulho interno é muito baixo já era nas versões anteriores, mas nessa parece
que o isolamento acústico retirou ainda mais os ruídos externos.
Usei a 6ª marcha desde que atingi
a velocidade limite da rodovia e apenas em uma ultrapassagem reduzi, por
precaução para a 5ª, nem seria necessário, mas como se trata de um modelo novo
com características desconhecidas achei por bem fazer. Mesmo com a motorização
menor, o Etios 2017 nesta versão é
um carro muito rápido e confiável, a impressão que se tem é de se tratar de um
modelo de maior cilindrada.
Imediatamente após o teste com o
hatch, sai para conhecer o 1.5. É outro veiculo se comparado às versões
anteriores, a perfeita mudança de marchas que o cambio automático proporciona,
sem os inconvenientes tranquinhos o elevam a uma categoria superior, dadas as
proporções, é como se fosse um filho mais novo do Corolla. Claro que existe no
painel a indicação da marcha que esta sendo utilizada, mas se tem a impressão
que elas nunca trocam, tamanha suavidade na tocada e com o carro andando em uma
rotação muito baixa.
Na rodovia é um monstro, chega
muito rápido à velocidade limite e faz uma aproximação dos carros mais lentos
sem gritar. Meter o pé no acelerador e fazer a ultrapassagem em um curto espaço
de pista é de uma precisão impar, o gerenciamento do cambio sobre a marcha em
relação à velocidade funciona em perfeita harmonia.
Fico pensando na loucura que os
taxistas terão usando esse modelo para trabalho, com certeza vai melhorar muito
a vida de quem roda pelas cidades em congestionamentos intermináveis sem se
preocupar com trocas de marchas com baixo consumo. Aliás, acredito que pensando
nesse profissional, a Toyota colocou
no computador de bordo um dispositivo que, quando abastecido o carro, é
possível também inserir o valor pago por litro do combustível, e durante a
viagem é mostrado no painel quanto se está gastando em dinheiro pelo trecho
percorrido. Mais uma dos japoneses, essa pensando no bolso.
O importante em todas essas
mudanças são as opções que o consumidor tem na hora da compra, desde a
carroceria, o motor, a transmissão, a versão, as duas cores novas (Prata
Premium e Cinza Cosmopolita) além das 6 já existentes e claro, sofreu um
aumento de R$ 2.000 em relação ao modelo anterior:
Modelo
|
Versão
|
Preço
público sugerido
|
||||
X 1.3L 16V manual
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R$ 43.990,00
|
|||||
X 1.3L 16V automático
|
R$ 47.490,00
|
|||||
XS 1.5L 16V manual
|
R$ 48.995,00
|
|||||
Toyota Etios
|
XS 1.5L 16V automático
|
R$ 52.495,00
|
||||
hatchback 2017
|
XLS 1.5L 16V manual
|
R$ 53.895,00
|
||||
XLS 1.5L 16V automático
|
R$ 57.395,00
|
|||||
Cross 1.5L 16V manual
|
R$ 57.395,00
|
|||||
Cross 1.5L 16V automático
|
R$ 60.895,00
|
|||||
X 1.5L 16V manual
|
R$ 48.495,00
|
|||||
X 1.5L 16V automático
|
R$ 51.995,00
|
|||||
Toyota Etios
|
XS 1.5L 16V manual
|
R$ 51.695,00
|
||||
sedã 2017
|
XS 1.5L 16V automático
|
R$ 55.195,00
|
||||
XLS 1.5L 16V manual
|
R$ 56.795,00
|
|||||
XLS 1.5L 16V automático
|
R$ 60.295,00
|
O Etios 2017 já vai estar nas concessionárias a partir do dia 28 de
abril, a montadora que já vendeu 61.000 no Brasil desde o lançamento e exportou
22.000 para o MERCOSUL, espera atingir a marca de 68.000 carros até o fim do ano,
sendo 60% manual e 40% automático, dentro da política de 3 anos de garantia,
assistência 24 horas e vários pacotes de manutenção e reposição de componentes
originais.
A Toyota apresentou o novo modelo que é seguro (quatro estrelas no
teste de colisão do Latin NCAP),
aumentou a participação no mercado, continua acreditando no Brasil, gera
empregos em três unidades e humildemente agradeceu a nossa participação na
concepção e revitalização do Etios 2017,
mas na verdade, nós é que precisamos agradecer por ter a honra de participar da
sua história. Domo Arigatô Gozaimasu!
Ficha Técnica
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