A montadora japonesa se supera com essa que Ă© a melhor pick-up rodando pelas ruas e estradas do Brasil

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Toyota

Todos nĂ³s jĂ¡ conhecemos a qualidade e a garantia que os produtos japoneses apresentam para os consumidores. Em todos os segmentos onde estĂ£o inseridos, os nipĂ´nicos fazem valer sua grande preocupaĂ§Ă£o com a resistĂªncia e com o bem estar do ser humano que o utiliza. Eu jĂ¡ havia me impressionado no lançamento da NOVA HILUX no ano passado, mas agora, com mais tempo para avaliar o veĂ­culo em situaĂ§Ă£o do dia – a – dia, a impressĂ£o ficou melhor ainda.


Durante 10 dias eu pude usar e abusar deste que Ă© originalmente um veĂ­culo de trabalho, tem todos os itens necessĂ¡rios para aceitar sem refugar os desafios do campo, mas tambĂ©m Ă© pensado (e muito!) para ser usado na cidade. Em termos gerais, posso afirmar que se trata de um automĂ³vel de passeio de alto luxo e muita tecnologia e que tambĂ©m Ă© um feroz trabalhador.


Nem vou falar muito do novo chassi, que Ă© 20% mais forte que a versĂ£o anterior e garante mais segurança e conforto para o conjunto todo. O ponto principal Ă© a nova parte mecĂ¢nica, os novos motores Toyota 1GD 2.8L de quatro cilindros com turbo compressor e intercooler tem 200 cilindradas a menos e 6cv a mais. Isso faz uma enorme, imensa, absurda diferença quando equacionamos desempenho com economia. Junte-se a esse propulsor uma transmissĂ£o automĂ¡tica de seis velocidades, o resultado Ă© uma verdadeira obra prima da engenharia mecĂ¢nica.


Utilizei a Hilux na cidade, estrada e um trecho off - road alagado, afinal de contas, e agora com mais tempo, tem que mostrar a que veio. Seu tamanho Ă© generoso e assusta os outros motoristas e motociclistas que circulam por SĂ£o Paulo, impõe respeito nas ruas e quase sempre tem vagas especiais em shoppings e estacionamentos pela cidade. Dirigir em modo “ECO” garante uma economia de combustĂ­vel muito grande, afinal de contas, o motor DIESEL que equipa o modelo tem um range de atuaĂ§Ă£o muito grande.


Nos interminĂ¡veis congestionamentos dĂ¡ pra desfrutar do conforto interno, seja sĂ³ ou acompanhado de outros passageiros. O ar condicionado digital de duas zonas garante que a cabine fique o tempo todo climatizada, direĂ§Ă£o hidrĂ¡ulica progressiva, Smart Entry System com botĂ£o Push Start, volante com funções do Ă¡udio, telefone e comandos de voz, tela touchscreen de 7” com cĂ¢mera de rĂ© navegador GPS e TV digital e porta-luvas refrigerado completam o quadro.


Na cidade dirigindo em modo “ECO”, utilizando quase sempre o piloto automĂ¡tico por causa das velocidades reduzidas em algumas vias e a enorme quantidade de radares, o consumo ficou, segundo dados do computador de bordo, em impressionantes 10,4 km/l. É de se assustar a performance que o carro apresenta, as marchas sĂ£o pouco trocadas e o rodar Ă© silencioso e macio. Por falar em silĂªncio, o novo motor e o novo isolamento acĂºstico nĂ£o transportam para a cabine quase nenhum ruĂ­do do conjunto mecĂ¢nico. A impressĂ£o que se tem Ă© de estar em um automĂ³vel movido Ă  gasolina ou etanol, o barulho de “chocalhos” caracterĂ­stico dos motores DIESEL Ă© muito, mas muito baixo.


Manobrar em vagas ou mesmo transitar em ruas estreitas nĂ£o apresenta nenhuma dificuldade mesmo para os menos experientes motoristas neste tipo de carro. Os sensores, a cĂ¢mera de rĂ© com uma angulaĂ§Ă£o maior e os generosos retrovisores direto e esquerdo permitem visĂ£o ampla das redondezas e claro, devido ao seu tamanho (Comprimento 5.330, Largura 1.855, Altura 1.815 e Entreeixos 3.085) os pontos cegos sĂ£o inevitĂ¡veis, por isso conta com sensores que facilitam as manobras.


Ă“tima na cidade, agora Ă© hora de pegar a estrada em direĂ§Ă£o Ă  PenĂ¡polis, interior de SĂ£o Paulo, utilizando uma rodovia menos movimentada, porĂ©m muito importante: a Raposo Tavares. Depois da Granja Viana, a rodovia torna-se menos atrativa, pois tem uma limitaĂ§Ă£o de velocidade mais baixa e atravessa alguns bairros de pequenas cidades no percurso. É um preço baixo pelo visual que ela oferece em sua rota mais interiorana, a dificuldade em ultrapassar lombadas e as subidas e descidas freqĂ¼entes fazem com que os motoristas prefiram outras rodovias com o mesmo destino.


Utilizando o modo “POWER” nos trechos mais complicados, a pick-up tem outra atitude em relaĂ§Ă£o Ă  opĂ§Ă£o mais econĂ´mica, torna-se um imponente e avassalador veĂ­culo devorador de estradas. NĂ£o tem erro, acelerou vai embora, as trocas de marchas sĂ£o alongadas e as ultrapassagens, mesmo na subida, sĂ£o feitas em o menor trabalho e esforço do conjunto. Claro que isso tem um preço e ele Ă© o consumo de combustĂ­vel, segundo dados do computador de bordo, a Hilux bebia algo em torno de 7 km/l, nada perturbador pela tranqĂ¼ilidade na resposta e desempenho. Na volta pra casa, resolvi usar de novo o modo “ECO” e aĂ­ vem a diferença, na velocidade da rodovia (80% com mĂ¡xima de 100 km/h) ela consumia 1 litro a cada 11,7 km, entĂ£o, dependendo do peso do pĂ©, o bolso sente mais ou menos.


Claro que o objetivo era testar o carro, mas principalmente visitar uma amiga de longa data e apaixonada por carros fortes, grandes e bonitos. FĂ¡tima Paiva Ă© uma jornalista que militou durante anos no motorsport e hoje vive em seu sĂ­tio com suas criações de gatos e outros animais, um quase zoolĂ³gico em meio Ă  natureza soberba da regiĂ£o de Sorocaba.


JĂ¡ na chegada ao sĂ­tio, me deparei com enormes poças por conta das chuvas que estavam aprontando na Ă©poca do teste. Decidimos entĂ£o, juntos, fazer um circuito off – road para avaliar melhor o desempenho, agora na terra. Sem ligar a traĂ§Ă£o 4x4 atravessamos lamaçais e passamos por estradas fortemente enlameadas sem o menor problema. NĂ£o foi necessĂ¡ria a utilizaĂ§Ă£o da reduzida, a evoluĂ§Ă£o no sistema de suspensĂ£o privilegiou o conforto de dirigir, a estabilidade e a experiĂªncia off - road do veĂ­culo. O controle de traĂ§Ă£o ativo (A-TRC) previne saĂ­das laterais, o bloqueador do diferencial traseiro permite que as duas rodas traseiras girem na mesma velocidade, com isso, sĂ³ atola quem realmente quer ficar atolado.


A Hilux Ă© montada na planta da Toyota na Argentina, tĂªm 3 anos de garantia, opĂ§Ă£o por cabine dupla, simples ou sĂ³ cabine, cambio automĂ¡tico ou manual, 5 cores para escolher, preço sugerido da mais simples R$ 114.860 atĂ© a mais completa R$ 189.220 com frete incluĂ­do, programa de revisões, 5 estrelas para proteĂ§Ă£o de adultos e 4 estrelas na proteĂ§Ă£o de crianças no Latin NCAP e tudo do bom e do melhor que sĂ³ mesmo a melhor pick-up do Brasil pode oferecer, sem exageros.


Ficha TĂ©cnica